! Espetáculos !
CRUA
Trazendo a lume o teatro contemporâneo e itinerante, o espetáculo que conta com 23 atores no elenco, foi idealizado para uma fábrica de quatro andares no bairro Nova Granada, que é ressignificada em abatedouro de pessoas. Críticas sociais sutis e simbólicas serão trabalhadas em cenas individuais e conjuntas perpassando a realidade da plateia, já que passado, presente e futuro estão em confluência em Crua.
Temas de grande evidência na contemporaneidade, como machismo, racismo, homofobia, estupro, ditadura e política, estão acompanhados de questões que partem do âmbito pessoal para o coletivo, como abandono, descaso e vaidade - resultando não só na catarse de todos os participantes, mas também no olhar crítico-social deles.
Direção: Guilherme Colina
Foto: Igor Cerqueira
CASAMENTOS URBANOS
A performance Casamentos Urbanos, inspirada no conto Mujeres Desesperadas, de Samanta Schweblin tem como objetivo levantar a reflexão sobre o quanto o construto social patriarcal impactou a identidade feminina ditando sua posição social diariamente.
A intervenção se dá com a presença de cinco mulheres vestidas de noivas, na Praça Sete de Setembro, pinçadas da literatura e da história universal, Medeia, Maria mãe de Cristo, Joana Dar´c, Ponciá Vicêncio e Nora Helme que, num encontro inusitado, no século XXI, levantam discussões sobre o papel da mulher na contemporaneidade.
Direção e texto: Guilherme Colina
Co-direção: Paula Libéria
Foto: Fernando Chagas / atriz Paula Libéria
Foto: Igor Cerqueira / atriz Efigênia Mara
MULHER EMPODERADA
É preciso ser muito mulher pra enfrentar esse mercado cheio de olhares pra nós. A esquete teatral retrata de forma leve a importância da mulher contemporânea e do seu olhar cônscio para si própria. A articulação entre trabalho e família constitui hoje o grande desafio social. Enquanto a jornada de trabalho feminino se aproxima da masculina essa tendência não se observa em relação ao tempo despendido com tarefas domésticas. A apresentação traz a reflexão de lugar de mulher.
Direção e dramaturgia: Guilherme Colina
DESATE!
Um ser. O fardo dos tomates. A ausência do amor e a presença de uma dor que surge do excesso da falta. Um grito sem voz que sucumbe em sons de gotas amargas na madrugada e uma eterna tentativa de abafar esse barulho com um trapo de pano. O corpo que dói inteiro, sua fragilidade e seus desejos transparecem na agonia de suas falas e ações de embate com os tomates.
Direção: Guilherme ColIna
Adaptação do livro Vermelho Amargo de Bartolomeu Campos de Queirós
Foto: Igor Cerqueira
TERRA - os colonos ainda estão aqui.
O consciente e o inconsciente da personagem central refletem o que somos nós, cidadãos espectadores. A trama, recheada de crítica ao poder hegemônico, ao patriarcado e, sobretudo, ao momento político atual, elucida a lama em que vivemos no Brasil. É preciso clamar por justiça, porém, mais do que isso: é necessário lutar, pois os colonos ainda estão aqui e nos estupram todos os dias.
Texto e direção: Guilherme Colina
Foto: Emerson Siqueira
ONDAS DE SORTILÉGIOS
Ondas de Sortilégios aborda temas recorrentes do cotidiano como preconceito racial, identidade de gênero, educação entre pais e filhos, além de outros. A proposta é provocar o público a pensar também sobre suas escolhas diante da vida. Por meio do inconsciente, a peça conduz atores e espectadores a uma catarse coletiva sobre o destino.
O espetáculo é fruto de pesquisa sobre a memória e seus efeitos, traz para a cena conflitos de uma mente que deixou por fazer muitas escolhas no passado e se vê hoje atormentada por seu presente.
Direção: Guilherme Colina
Dramaturgia: Guilherme Colina e Mell Renault
Foto: Tatiane Reis
Foto: Igor Cerqueira / atriz Sheila Oliveira
O URSO
A comédia, o Urso, conta a história de uma viúva e um credor que são envolvidos por uma trama que revela a exaltação e a sensibilidade humana. Uma crítica a alguns comportamentos humanos padronizados, uma comédia controversa e atual “guerra dos sexos’’.
Direção: Guilherme Colina
Texto: Anton Tchekhov
CAMPO SANTO
A plateia se depara não só com a realidade dos personagens, mas com os dramas vividos, diariamente, nessa enorme vila chamada Brasil. A alienação religiosa é o toque de caixa que leva os espectadores a redirecionarem o olhar para questões como preconceito, pedofilia, hipocrisia, sexo entre tantas outras. Numa catarse coletiva, o público torna-se personagem de si mesmo.
Direção: Guilherme Colina
Dramaturgia: Guilherme Colina e Mell Renault
Foto: Januária Vargas / ator Léo Duarte
NAVALHA NA CARNE
Escrito em 1967, o drama é um dos mais explorados no teatro nacional , desta vez, ganha uma pungente encenação mineira que prioriza o realismo característico do autor santista. Na trama, a prostituta Neusa Sueli enfrenta a desconfiança do cafetão Vado a respeito do sumiço do pagamento da viração. Um desentendimento com o homossexual Veludo na casa de show onde trabalham detona o conflito. Indo além do universo do dramaturgo, o diretor Guilherme Colina traz uma contemporaneidade além daquela que os personagens já têm, e o cenário, que transforma o espaço em um bar decadente, tira e põe a quarta parede como se fosse um joguete do destino e o público fica cara a cara com o ator a ponto de sentir sua respiração.
Direção: Guilherme Colina
Texto: Plínio Marcos